SNCT une biomas, povos originários e comunidades tradicionais

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Foto ilustrativa: Matheus Pereira/GovBa

Os biomas da Bahia, Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga, estão conectados aos saberes dos povos originários e das comunidades tradicionais que os habitam. Esses grupos preservam conhecimentos que dialogam com a natureza e contribuem para a sustentabilidade de suas regiões. Por isso, a 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) na Bahia, que ocorre de 13 a 18 de outubro, destaca a rica diversidade dos biomas e a força dos povos originários e comunidades tradicionais. Com essa valorização, a SNCT une ciência, tecnologia, cultura e meio ambiente, reforçando a importância da preservação dos biomas e dos saberes ancestrais.

O evento, organizado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), em parceria com a Secretaria da educação do Estado (SEC), acontecerá em diversos territórios da Bahia, como o Recôncavo, o Extremo Sul e a Chapada Diamantina, levando atividades para além da capital e conectando comunidades de diferentes regiões. O público poderá participar de conferências, mesas redondas, eventos interativos e diálogos interculturais, que promovem a troca de saberes entre a ciência e os conhecimentos tradicionais. A programação completa pode ser consultada no site ba.gov.br/secti.

Com presença garantida de estudantes e professores na SNCT, a secretária de Educação, Rowenna Brito, reforça que o incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico já na educação básica é essencial para construção de uma sociedade mais preparada para os desafios do futuro. “Existe um estudo que fala que muitas profissões existentes hoje não existirão no futuro, e os nossos jovens já conseguem enxergar isso. Então, precisamos atualizar e antecipar o futuro e isso passa pelo incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento de tecnologias sociais. É o que fazemos agora. Estruturamos as escolas, equipamos, capacitamos os professores e fomentamos a pesquisa científica. A realização da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia na Bahia é um espaço muito importante para esses estudantes se reconhecerem como pesquisadores que são”.

O chefe de Gabinete da Secti, Marcius Gomes, comemora a capilaridade da SNCT no estado. “Devido à dimensão territorial da Bahia, e considerando o tema deste ano, a Secti iniciou a programação da SNCT no interior, em um quilombo, passando por aldeias e áreas rurais, até chegar à capital para importantes entregas junto ao Governo do Estado. A semana será concluída em Caetanos, no Sudoeste da Bahia, e na Chapada Diamantina. A agenda inclui uma ampla mobilização, com a participação das ICTs, ensino superior, escolas públicas, estudantes e professores”.

Parceira no evento, a titular da Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi), Ângela Guimarães, destaca a importância dos povos e comunidades na preservação dos biomas. “A programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia na Bahia reconhece o papel desses grupos como guardiões de saberes ancestrais e práticas sustentáveis, fundamentais para a preservação da diversidade cultural e ambiental do nosso estado. Ao incluí-los nas discussões sobre ciência e inovação, estamos construindo um futuro que respeita a natureza e valoriza o legado das nossas comunidades”.

Segundo o secretário do Meio Ambiente, Eduardo Sodré, a inclusão do debate sobre os biomas na programação do maior evento de popularização da ciência no país ressalta a importância de preservar a biodiversidade e valorizar a imensa riqueza natural do Brasil. “Aqui na Bahia, onde temos a presença de três dos cinco biomas, o evento traz a oportunidade de debater temas relevantes para todo o ecossistema, oferecendo um olhar de como a ciência, a tecnologia e a inovação são importantes, por exemplo, na preservação e nas potencialidades da Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica”, afirmou.

Entre os parceiros da Secti no evento estão o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), as Secretarias da Educação (Sec), Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi), Meio Ambiente (Sema), Desenvolvimento Rural (SDR), Cultura (Secult), Turismo (Setur), além das Universidades de Feira de Santana (Uefs), do Sudoeste da Bahia (Uesb) e do Estado da Bahia (Uneb). Outros apoiadores são a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), Instituto Anísio Teixeira (IAT), Museu de Arte Contemporânea (MAC), Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) e Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

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