Mais Grafite incentiva criatividade de estudantes em Tancredo Neves

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Os muros do Colégio Estadual Helena Magalhães, no bairro de Tancredo Neves, em Salvador, receberam uma pintura especial nesta sexta-feira (20), tendo como artistas os próprios alunos da unidade. A ação faz parte da 7ª edição do Projeto Mais Grafite, uma iniciativa da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS).
 
Idealizado a partir da vontade do governador Rui Costa de ver a técnica do grafite aplicada em unidades e obras da administração estadual, o Mais Grafite já mostra resultados que ultrapassam o ganho estético. “Essa ação vem aumentando o sentimento de pertencimento dos alunos com as escolas, ao mesmo tempo em que reafirma o grafite enquanto arte plástica e uma expressão da cidade”, relata Luana Soares, integrante da Coordenação de Juventude da SJDHDS, responsável pela execução do projeto.
 
O vice-diretor da escola, Carlos Alves, destaca que “o Mais Grafite deixou um importante legado, que é a comprovação do talento dos alunos da comunidade, de uma forma geral”. O artista Diogo Galvão, que instruiu os estudantes junto com o grafiteiro Bigode, afirma que se trata de plantar sementes para o futuro. “O grafite é uma arte ainda desconhecida e que envolve muito tabu. Estar nas escolas é a oportunidade ideal para mudar esse cenário”. 
 
A oficina foi dividida em duas etapas. A primeira, realizada durante a manhã, envolveu a parte teórica, com explanações sobre a história, conceitos e essências do grafite. À tarde, os jovens colocaram a mão na massa e pintaram um grande e colorido mural no muro lateral da escola. Eles ficaram encantados com o que aprenderam e com o mural que pintaram.
 
O estudante Eduardo Gonçalves, 17 anos, conta que “no futuro, pretende ir além e grafitar paredes, casas, ruas e viadutos, embelezando a cidade em que vive”. Já a colega Amanda Vitória, 15, que já mostrava talento com os desenhos em folhas de papel, foi surpreendida com as técnicas que o grafite envolve e garante que “detalhes como dimensão e cores são totalmente diferentes e devem estar totalmente sincronizados com a inspiração”.
 
A cada edição, cerca de 40 estudantes participam das oficinas. Normalmente, alunos com maior dificuldade de relacionamento interpessoal e aprendizado são escolhidos para aprender e replicar o conhecimento adquirido para os colegas, que podem acompanhar a evolução dos desenhos. O cronograma de 2017 prevê a realização do projeto em mais três escolas. A Coordenação de Juventude também já está em processo de seleção das unidades escolares para o ano que vem.

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