Feira Literária celebra identidade e resistência negra com estudantes de Governador Mangabeira

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Foto: divulgação
Começou nesta segunda-feira (4) a 1ª Feira Literária do Colégio Estadual Professor Edgard Santos (CEPES), em Governador Mangabeira, no Território de Identidade do Recôncavo (NTE 21). O evento tem o apoio do Governo do Estado e segue até terça-feira (5), trazendo como tema "Identidades e representatividades negras: desafios e resistência". A feira, que receberá mil estudantes na quadra poliesportiva da escola, é uma das atividades do projeto voltado à consciência negra do CEPES, intitulado "Protagonismo e empoderamento negro no Brasil: um olhar local e regional". Na programação, debates sobre a valorização das identidades negras e a luta pela igualdade racial.

Durante o evento, toda a comunidade escolar está convidada a participar de uma série de atividades que refletem sobre as heranças culturais e históricas da população negra. A programação inclui, entre outras atividades, mesas-redondas com escritores locais e conversas com convidados especiais, como a jornalista Luana Souza, que abordará o tema “A ancestralidade que sustenta a existência feminina”.

Para Erik Bezerra de Menezes, de 17 anos, estudante do 3º ano do Ensino Médio, a feira é uma experiência enriquecedora. "Está sendo muito legal participar da feira. Acho que esse tipo de evento poderia acontecer mais vezes nas escolas. Essas ações são bastante importantes para ressaltar e sempre lembrar da nossa cultura. Acabei de assistir à palestra ‘O protagonismo negro na produção científica’ com o professor de História Juvenal de Carvalho e a historiadora Cassia Caren Santana Teixeira. E o que mais achei interessante foi ouvir a história da viagem de Juvenal para Moçambique”, relata.

No dia 19 de novembro, uma culminância do projeto também será realizada na quadra poliesportiva da escola. Está sendo preparada uma exposição das atividades desenvolvidas pelos estudantes, ao longo do Projeto da Consciência Negra. A mostra, que será aberta ao público, exibirá trabalhos artísticos, literários e culturais criados pelos alunos, celebrando o protagonismo negro e promovendo o diálogo com a comunidade sobre os temas explorados.

Para a estudante Camille da Silveira dos Santos, de 18 anos, também do 3º ano, o evento representa uma oportunidade única de aprendizado. "A feira está na sua primeira edição, mas já está mostrando toda a potência a ser construída com sua existência. Aqui, nós estamos presenciando palestras de escritores que são referência no Recôncavo, como jornalistas e ex-alunos, que conseguiram vir aqui dividir um pouco de suas experiências. Estou achando muito importante a sua a realização, até mesmo para os estudantes do 1° ano, para que todos tenham esse contato mais próximo com a literatura. Como poetisa, amo tudo que envolva a literatura e a sua construção”.

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