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Estudantes do interior baiano criam biocombustível a partir da árvore quixabeira
Publicado em seg, 03/02/2020 - 15:16 por ASCOM
Palavras-chave:
Ascom/IAT
Marinaldo Mendonça e Jessica Oliveira, estudantes do Colégio Estadual Geovânia Nogueira Nunes, são os jovens por trás dessa faceta. “O estudo foi moldado a partir da crise que o Brasil enfrentou em 2018, quando ocorreu a greve dos caminhoneiros. “A gente surgiu com a ideia de criar algo que fosse sustentável e que combatesse o aquecimento global”, disse Marinaldo. Segundo Jéssica, o projeto veio com o intuito de ser uma alternativa para os obstáculos dos biocombustíveis atuais. “As opções no mercado apresentam desvantagens, como baixa rentabilidade, necessidade de muito recurso hídrico, desmatamento de áreas florestais, etc. Além disso, o etanol da cana-de-açúcar, que é o mais utilizado no Brasil, promove a incineração dos resíduos, deixando o termo sustentável do lado de fora do produto”, comentou.
O biocombustível, em específico o etanol, é obtido a partir dos frutos da quixabeira, que é uma árvore típica de Itatim, que se espalha por toda a América Central e Sul, entretanto, a dupla afirma que a popularidade desta planta é baixa devido à falta de valorização da flora local. Até o momento, o nível de produção ainda é pequeno, mas testes de qualidade estão sendo realizados para comprovar a eficácia do produto. “Conseguimos obter, em pequena escala, amostras de álcool a partir da nossa produção. Devido às normas da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o projeto fica limitado a pequenos produtores para uso próprio, porém com apoio de universidades e/ou empresas ele poderia ser produzido e distribuído em larga escala”, destacou Marinaldo.
Se o projeto for concluído, os jovens pesquisadores afirmam que os benefícios serão inúmeros, e podem contribuir para impedir mudanças climáticas, uma problemática atual. “Nosso biocombustível tem rico potencial energético, não é um recurso finito como os fósseis, não necessita de muito recurso hídrico, promove o reflorestamento e possui impacto zero. Todo o resíduo da produção volta para natureza sem agredi-la, podendo gerar plástico biodegradável e fertilizante para plantas”, concluiu Jéssica.
Fonte: Ascom/ Secti
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