Estudante da zona rural é eleito para o Parlamento do Mercosul

Foto: Divulgação

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Estudante da zona rural é eleito para o Parlamento Juvenil do Mercosul Um projeto sobre gestão escolar vai fazer o estudante Ad­milson dos Santos Bo­a­ven­tura, morador do povoado Sítio da Conceição, na zona rural de Adustina (383 km de Sal­vador), voar alto pelo Brasil e o Exterior. O estudante, que faz o 1º ano do Ensino Médio o Co­légio Es­ta­dual Castro Alves, foi eleito o representante da Bahia para o pro­jeto Par­la­mento Ju­venil do Mer­cosul (PJM). Ele será um dos 27 brasileiros, um de cada Estado, a exercer um man­dato de dois anos (2016 a 2018) no PJM. Admilson embarca para Brasília, no dia 12 de dezembro, para um curso de for­mação sobre o papel do par­la­mentar ju­venil. Ele também par­ti­cipará de encon­tros na­ci­o­nais e in­ter­na­ci­o­nais para a tro­ca de ex­pe­ri­ên­cias com estudantes dos de­mais países par­ti­ci­pantes.

Admilson foi eleito por votação na Internet, totalizando 1.127 votos. O estudante apresentou um projeto intitulado “Pro­gresso Con­junto – Sua opi­nião faz a mu­dança”, que propõe um mo­delo edu­ca­ci­onal no qual o es­tu­dante opine e par­ti­cipe das to­madas de de­ci­sões, jun­ta­mente com a gestão es­colar. Filho de lavradora, com cinco irmãos, nunca saiu da região Nordeste, pois só conhece a Bahia e o Estado de Sergipe, por morar na divisa entre os dois Estados.

O estudante comemorou muito o resultado e acredita que a participação no Parlamento Juvenil do Mercosul irá abrir novas perspectivas para a vida dele. “Foi uma grande luta para chegar até aqui porque sou muito esforçado e nunca desisto de meus objetivos. Estou muito feliz porque vou viajar de avião pela primeira vez e poder conhecer outros Estados brasileiros e países. Quero dar o melhor de mim e orgulhar minha mãe que me criou sozinha e, apesar das dificuldades, nunca deixou de me apoiar. Esta é uma oportunidade incrível e que vai ser muito importante para a minha carreira”, revela emocionado.

Du­rante os dois anos de mandato, Admilson e demais membros eleitos par­ti­ci­parão de dis­cus­sões e con­tri­buirão na ela­bo­ração da De­cla­ração do Par­la­mento Ju­venil, do­cu­mento pro­du­zido pelo co­le­tivo do PJM, for­mado pelos par­la­men­tares ju­venis de todos os países-mem­bros e as­so­ci­ados. Cada es­tu­dante ela­borou um pro­jeto dentro do tema “O En­sino Médio que que­remos” e que aborda temas como: in­clusão edu­ca­tiva, par­ti­ci­pação ci­dadã, di­reitos hu­manos, di­ver­si­dade de raça, etnia e gê­nero, in­te­gração re­gi­onal e tra­balho. São pro­postas de in­ter­ven­ções na so­ci­e­dade que retratam as ne­ces­si­dades e ob­je­tivos da ju­ven­tude dos países que fazem parte do Mer­cosul.

Mais dois es­tu­dantes da rede es­ta­dual de en­sino con­cor­rem à eleição do PJM. O es­tu­dante in­dí­gena da etnia Pa­taxó, Emerson Torres Fer­reira, 17 anos, do Co­légio Es­ta­dual In­dí­gena Coroa Ver­melha, em Santa Cruz Ca­brália (708 km de Sal­vador), apresentou o projeto “Ve­lhos Jo­vens” sobre a va­lo­ri­zação e o re­co­nhe­ci­mento das lutas pelos di­reitos hu­manos dos povos in­dí­genas. O estudante Bruno Wil­liam da Con­ceição Jorge, 15 anos, do Co­légio Es­ta­dual Maria Isabel de Melo Goes, lo­ca­li­zado no mu­ni­cípio de Catu (93,3 km da ca­pital), concorreu com o pro­jeto “Jovem tra­ba­lhador: pos­si­bi­li­dades e pers­pec­tivas de in­serção no mer­cado de tra­balho, a partir do con­texto es­colar”.

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