Todas as escolas públicas do país (municipais, estaduais e federais) com alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio poderão inscrever seus alunos na 10ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas - OBMEP 2014 a partir desta segunda-feira, 10 de fevereiro, no site www.obmep.org.br. As inscrições serão encerradas no dia 21 de março, e a prova da 1ª fase será no dia 27 de maio.

A OBMEP é uma atividade do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), que conta com apoio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) e com recursos do Ministério da Educação e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Criada em 2005, tem como objetivos estimular o estudo da matemática nas escolas públicas e revelar talentos. A primeira edição da Olimpíada envolveu 10,5 milhões de alunos de 31 mil escolas (localizadas em 93,5% dos municípios brasileiros). Hoje a OBMEP mobiliza mais de 19 milhões de alunos de cerca de 47 mil escolas (localizadas em 99,3% dos municípios brasileiros).

Para marcar os 10 anos da Olimpíada, o IMPA também lançará nesta segunda-feira o Portal da Matemática (http://matematica.obmep.org.br), composto de vídeo-aulas de aproximadamente 10 minutos e outros conteúdos interativos correspondentes aos tópicos da grade curricular das escolas brasileiras desde o 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio. O Portal é mais uma iniciativa do IMPA, conhecido por sua excelência na pesquisa e no ensino de pós-graduação (mestrado e doutorado), no sentido de democratizar e facilitar o acesso de todos (professores, alunos e familiares de alunos) a conteúdos de alta qualidade na área de matemática.

Segundo o professor Claudio Landim, diretor adjunto do IMPA e coordenador geral da OBMEP, o Portal da Matemática é dividido por anos (série): 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio. Ao clicar, por exemplo, no 8º ano, o internauta – usando um PC, notebook, tablet ou smartphone – vê todos os assuntos cobertos naquele ano. Os assuntos, por sua vez, estão divididos em “módulos”, e cada módulo tem um “pré-requisito” (o que se deve saber para compreender o que será apresentado) e uma breve descrição (por exemplo: o que é o Teorema de Pitágoras).

Clicando nos módulos, os usuários encontram “Vídeo-aulas”, “Exercícios” (interativos) e “Material” (apostilas em PDF com problemas e as respectivas soluções). Há três tipos de vídeo-aulas: de uma a três sobre a importância de se estudar aquele assunto (por exemplo, por que devemos estudar o Teorema de Pitágora?); quatro ou cinco com ensinamentos e explicações; e, por fim, uma sequência com resolução de problemas – o professor apresenta alguns problemas na lousa e mostra como resolvê-los. As vídeo-aulas são associadas aos exercícios interativos que os usuários podem baixar e que são divididos em três níveis: fácil, intermediário e difícil. “No Portal, o aluno – ou professor - vai ter uma infinidade de possibilidades de exercitar seus conhecimentos acerca de cada assunto”, diz Claudio Landim.

Os conteúdos para o Portal da Matemática começaram a ser produzidos e gravados desde maio de 2013, e o trabalho terá continuidade ao longo de 2014 e 2015. Para gravar os vídeos, o IMPA convidou oito professores com grande experiência no Ensino Fundamental e Médio. A seleção dos professores levou em conta não só a qualificação dos profissionais, mas também a didática e a desenvoltura deles diante de uma câmera. Também estão envolvidos no projeto alunos do curso de Doutorado do IMPA. “Eles assistem às aulas, sugerem modificações, conversam com os professores sobre a melhor forma de abordar os temas e, quando é o caso, também ajudam a corrigir as legendas dos videos”, explica o diretor adjunto do IMPA.

Uma das grandes vantagens do Portal da Matemática, ainda de acordo com o professor Claudio Landim, é que todos os conteúdos disponibilizados poderão ser baixados. “Se o aluno não tem internet em casa, ele pode, por exemplo, ir para algum lugar que tenha, baixar tudo que quiser para o seu computador, tablet ou mídia como DVD e pendrive, e levar o material para ver em casa”, completa.

Fonte: Ministério da Educação