II Feira de Ciências e Tecnologias Sociais da Educação Profissional chega ao fim com experimentos de grande alcance social

Em todo o Estado da Bahia, os estudantes da Rede Estadual de Educação Profissional geram conhecimentos e desenvolvem tecnologias sociais que estão fazendo a diferença na vida deles para um futuro exercício profissional. Mais do que isso, a partir das experiências apresentadas durante a II Feira de Ciências e Tecnologias Sociais da Educação Profissional, que aconteceu de terça (03/09) a quinta-feira (5/09), no Centro de Convenções da Bahia, eles demonstram como o ensino de qualidade ultrapassa os muros dos Centros Estaduais, Centros Territoriais e unidades que ofertam Educação Profissional, beneficiando a comunidade do entorno destas instituições de ensino.

II Feira de Ciências e Tecnologias Sociais

O superintendente da Educação Profissional da Rede Estadual, Almerico Lima, avalia que todos os trabalhos apresentados na II Feira de Ciências e Tecnologias Sociais da Educação Profissional da Bahia revelam, de forma substancial, a qualidade pedagógica e a efetividade social na Educação Profissional. “Temos resultados concretos do trabalho, da garra de gestores, professores e estudantes na construção de tecnologias sociais que modificam a vida da população. Isso tudo ressalta, também, que a Rede Estadual de Educação Profissional está em pé de igualdade com a Rede Federal e o Sistema S em termos de aprendizagem dos cursos técnicos”, considerou.

Os estudantes Rosana Souza, Isaque Silva e Brenda Dias, do curso técnico em Açúcar e Álcool, do Centro Territorial de Educação Profissional do Extremo Sul (Cetep), em Teixeira de Freitas, por exemplo, desenvolveram uma tecnologia social para transformar o bagaço de cana de açúcar em energia elétrica através do vapor de água. “A energia gerada é capaz de abastecer a usina e distribuir para a comunidade”, explicou Rosana. “É um projeto que ajuda no nosso aprendizado e gera benefícios para a sociedade de várias formas, evitando danos ao meio ambiente com o aproveitamento dos resíduos e com a geração de energia barata e limpa”, acrescentou Isaque.

Já Hivton Ferreira fez espalhar durante o evento um cheiro de pipoca no ar. Juntamente com colegas do curso técnico em Eletromecânica do Cetep Velho Chico, de Ibotirama, ele desenvolveu uma pipoqueira elétrica que utilizou, dentre os materiais, um motor de DVD, termostato, resistência, capacitores e resistores. “O milho estoura devido à exposição ao calor. Participar do projeto foi bom porque trabalhamos com eletrônica, mecânica, desenho técnico e tudo contribui para nossa aprendizagem”, afirmou.

 

“É um projeto que ajuda no nosso aprendizado e gera benefícios para a sociedade de várias formas, evitando danos ao meio ambiente com o aproveitamento dos resíduos e com a geração de energia barata e limpa” - Isaque



Ecologia – O estudante Edvaldo Santos, do curso técnico em Agropecuária, do Cetep do Semiárido do Nordeste II, em Ribeira do Pombal, mostrou como fazer um canteiro ecológico, utilizando bloco de cimento. “Esse projeto contribui para economizar água na nossa região do semiárido porque com a técnica utilizamos uma irrigação de baixo para cima”, assegurou.

Os estudantes do curso técnico em Biocombustível, do Ceep em Controle e Processos Industriais Irmã Dulce, em Simões Filho, estão desenvolvendo um projeto para fazer biodiesel utilizando como matéria-prima o amendoim. “Usamos o amendoim para fazer o biodiesel porque dele extraímos 50% de óleo, enquanto a soja só gera 20% de óleo. O amendoim tem outra vantagem porque pode ser produzido durante todo o ano. Esse experimento está em teste e tenho certeza de que vai trazer muitos benefícios para mim que pretendo continuar a pesquisa e para a sociedade porque poderá ter outra fonte alternativa de energia”, assegurou a aluna Ana Carolina.

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Já os estudantes de Administração e Guia de Turismo do Ceep em Turismo do Centro Baiano Letice Oliveira Maciel, em Seabra, encontraram uma maneira atrativa de chamar a atenção dos visitantes da Feira sobre as belezas e riquezas naturais da Chapada Diamantina. Aproveitaram materiais, como restos de maneira, palhas de coco, casca de árvores e argila para fazer representações de grutas e formações rochosas como as estalactites muito comuns na região.  Além disso, os alunos de Administração, do Cetep Litoral Sul II, de Itabuna, mostraram como é possível agregar valor aos produtos demonstrando a transformação que foi feita em caixas de mdf usando tecidos e tintas.

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