Grupos musicais da Escola Parque se destacam em eventos da cidade

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O entusiasmo, a dedicação e o comprometimento dos estudantes que participam da Banda Juventude Parqueana (JP), do Grupo de Cordas “Musicando” e do Coral Coparque são contagiantes e visíveis quando entram em cena. No palco, os alunos mostram os seus talentos, desenvolvidos nas oficinas de música do Núcleo Pluralidade Artística do Centro Educacional Carneiro Ribeiro – Escola Parque, localizado no bairro da Caixa D’Água, em Salvador. Atualmente, os integrantes são convidados para apresentações musicais em espaços e eventos diversos da cidade, como ocorreu na abertura da 48ª Plenária Nacional do Fórum dos Conselhos Estaduais de Educação (FNCEE), que começou ontem (29) e segue até esta sexta (30), na capital baiana.
 
O estudante Marcus Vinícius Gusmão, 21, 2º ano do curso técnico Segurança do Trabalho integrado ao Ensino Médio, se emociona ao falar como a música o transformou. “Mudou tudo, tanto na minha vida pessoal como escolar”, diz ele, que é um dos 13 integrantes da Banda Juventude Parqueana, da qual é percussionista. O aluno conta que o seu ingresso no grupo, em 2014, no ano que foi criada, contribuiu para que hoje ele pense no futuro com coragem e determinação. “Antes, eu era uma pessoa antissocial, um rebelde sem causa, como se diz. O professor Erivaldo Santana, que conduz a JP, e outros me incentivaram a ganhar uma maior consciência e me fizeram gostar de estudar. Hoje, tenho o sonho de me tornar professor e abrir uma escola de música. Mas, antes, pretendo cursar três faculdades: Música, Pedagogia e Filosofia”.
 
O percussionista e baterista da Juventude Parqueana, Lucas Ferreira, 18, concluinte do curso técnico de Instrumentos Musicais, também releva que o seu ingresso na banda o fez crescer e conquistar outras oportunidades. Além de dar aula de percussão na escola de música do grupo Olodum e tocar no Coral da Basílica da Conceição da Praia, Lucas é integrante da Orquestra Fred Dantas. “O mais importante da experiência com a Parqueana e com outras bandas que participo é a troca de ideias, a integração e a oportunidade de poder passar um pouco do meu conhecimento para quem está começando”, conta, revelando, ainda, que pretende cursar uma faculdade de Música e se profissionalizar cada vez mais na área.
 
A estudante Rebeca de Oliveira, 18, 4º ano do curso técnico de Segurança do Trabalho da Escola Parque, se orgulha de ser uma das cantoras da Banda Juventude Parqueana. “Eu gosto de cantar desde pequena e a oportunidade de entrar para a JP, em 2014, foi a realização de um sonho que só cresce, me levando a acreditar que posso seguir a carreira. Além disso, cantar na banda me fez uma pessoa mais responsável, comprometida e organizada, principalmente na minha vida escolar”, diz.
 
A coordenadora do Núcleo Pluralidade Artística da Escola Parque, Silvana Pereira, acredita que a atuação bem-sucedida dos estudantes na Banda Juventude Parqueana, no Grupo de Cordas “Musicando” (criado este ano por alunos da oficina de violão, ministrada pela professora Mônica Corsan) e no Coral Coparque estimula os colegas a ingressarem nas oficinas de instrumentos (percussão, violão, violino, cavaquinho e piano) e de coral, que são o começo do aprendizado para abrir a possibilidade de ingressarem nos grupos da escola. “Eles percebem que na JP, no Musicando e no Coparque podem mostrar os seus talentos e crescerem pessoal e profissionalmente. Temos ex-alunos, por exemplo, que, hoje, estão estudando música na UFBA”, comemora a educadora.
 
Educação Integral – Sempre aplaudidos de pé nas suas apresentações, os estudantes que formam os grupos musicais da Escola Parque são a prova de que as ações estimuladas pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia nas escolas da rede, voltadas à Educação Integral (que, este ano, foi ampliada em mais de quatro mil vagas nas escolas, beneficiando 21 mil estudantes), rendem não só conhecimento artístico-cultural, como melhoria no processo de ensino e aprendizagem na vida acadêmica dos seus participantes. “Eles melhoram o rendimento escolar, ficam mais comprometidos com suas obrigações acadêmicas, passam a ter uma relação de mais respeito entre eles e com os professores e se tornam mais assíduos, pontuais e organizados”, testemunha o diretor da unidade escolar, Gedean Ribeiro. 

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