Estudantes criam bloco ecológico com fibra de coco e fazem mutirão para construir imóvel em Casa Nova

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estudantes do Centro Educacional Antônio Honorato, em Casa Nova, na região Norte da Bahia (a 573 km de Salvador) desenvolveram um bloco ecológico que utiliza a fibra do coco, abundante na região, em substituição à areia. O projeto ainda agrega outros materiais descartados pela construção civil e cria uma alternativa sustentável que contribui para a proteção do meio ambiente. Além disso, a iniciativa tem um foco social, pois irá utilizar o material em localidades carentes onde muitas residências são feitas de taipas.
 
Não à toa o projeto é intitulado “Bloco Ecológico com fibra de coco como alternativa  para a substituição da taipa”. Os estudantes já conseguiram produzir uma quantidade suficiente para levantar um imóvel em Casa Nova. E neste domingo (2), eles participam de um mutirão com este objetivo, a partir das 8h, na Vila Papelão, atrás do Cemitério Central, com a supervisão de um mestre de obras envolvido no projeto.
 
A professora e orientadora, Andréa Araújo, disse que, durante o desenvolvimento da ação pedagógica, foi identificada uma família que poderia ser beneficiada com a experiência. A partir de então, foi feita uma campanha para a arrecadação de materiais como cimento, areia, porta, janela, vaso sanitário, entre outros. O alicerce da construção está pronto para o levantamento das paredes. Ela destacou que a atividade desenvolveu o olhar dos estudantes para as questões socioambientais e também estimulou o senso de solidariedade. “Ainda teve uma arrecadação de alimentos, que já somam cinco cestas básicas e serão distribuídas com os moradores da comunidade, que estão ajudando na construção”, disse.
 
A estudante Leide Vânia Nunes, 16 anos, do 2º ano do Ensino Médio, falou sobre o impacto socioambiental do projeto. “Conseguimos produzir um bloco que tem um custo 50% mais barato do que o tradicional. Dentro do projeto também realizamos um trabalho de campo para vermos a viabilidade do projeto com moradores que residam em casas de taipa. O objetivo é divulgar ao máximo o bloco sustentável para conseguirmos apoiadores que venham produzir em grande quantidade, para que possamos mudar a realidade da nossa região ajudando a quem precisa”, explicou.

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