Estudantes apresentam criações artísticas e culturais no interior

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Fotos: divulgação
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As escolas estaduais estão promovendo as seletivas escolares dos projetos de arte e cultura desenvolvidos pela Secretaria da Educação do Estado com o objetivo de dinamizar o ambiente escolar e promover o protagonismo estudantil. Manifestações culturais, recitais de poesia, literatura, mostras de artes visuais, curtas de cinco minutos, patrimônio cultural e apresentações de dança, de música e teatro são parte das atividades com os estudantes e que acabam atraindo amigos e familiares para as escolas. Ao todo 1.109 escolas da rede estão promovendo a primeira etapa de realização dos projetos artísticos e culturais.
 
No Colégio Estadual José Moreira Cordeiro, localizado no município de Cordeiros, a 662 km de Salvador, na região Sudoeste do Estado, o ‘Sarau Literário’ foi realizado no sábado (22), no Centro Cultural Tercílio Figueredo, envolvendo a seletiva escolar dos seguintes projetos: Festival Anual da Canção Estudantil (Face), Tempos de Arte Literária (TAL), Artes Visuais Estudantis (AVE), Educação Patrimonial e Artística (EPA), Mostra de Dança Estudantil (Dance), Produção de Vídeos Estudantis (Prove), Festival Estudantil de Teatro (Feste) e Encontro de Canto Coral Estudantil (Encante).
 
“As apresentações foram ótimas. Este ano nós fomos surpreendidos com o nível das apresentações. Tivemos as participações da família, professores e estudantes de outras unidades e da comunidade local. Os estudantes ficaram muito empolgados. A festa foi muito bonita”, conta a vice-diretora da unidade, Ellen Caires Costa.
 
A estudante Any Caroline de Moraes Salomão, 17, 3º ano, uma das vencedoras no Dance com coreografia de sua autoria fala da importância dos projetos. “Os projetos estruturantes têm um papel fundamental de envolver os estudantes e a escola, deixando que os alunos mostrem seus talentos, deixando que eles se desenvolvam e tenha oportunidade de expor seu lado artístico. Estou feliz com o resultado”, comemora. A colega Marta Ferreira dos Santos Maia, 17, 3º ano, venceu a seletiva do FACE com a canção “Negritude”, de sua autoria. “A música fala da beleza da mulher negra, de valorização da mulher. Quando escrevi a letra pensei em criar algo interessante que falasse da importância da mulher na sociedade, mas fiquei surpresa com o título”, diz.
 
Em São Miguel das Matas, a 224 km de Salvador, no Recôncavo baiano, os estudantes participantes do Programa Ensino Médio Inovador (PROEMI), do  Colégio Estadual Aldemiro Vilas Boas, promoveram, na sexta-feira (21), o ‘II Sarau do PROEMI’, com o tema “Arte o espelho da alma”. Para a realização do evento, que contou com a participação da comunidade local, foram criadas peças teatrais, músicas, recitais de poesia e exposição de fotos, sobre conteúdos referentes ao mundo do trabalho, Matemática e empoderamento feminino.
 
A turma da estudante Íris Vitória dos Santos Souza, 16, do 2º ano, apresentou uma peça teatral e recitou poesia falando sobre o papel da mulher na sociedade e na Ciência. “Criamos uma peça teatral para falar sobre as mulheres que tiveram grande influência e contribuíram muito com a Ciência e poucos conhecem, a exemplo de Melitta Bentz, que criou o filtro do pó de café, e Katherine Johnson, que deu contribuições fundamentais para a NASA quando fez o cálculo do voo Apolo 11, que levou os homens à lua”, relata. 
 
Já Gabriel Souza Silva, 15, 2º ano, fez duas apresentações sobre temas recorrentes no cotidiano. “Apresentei uma peça teatral sobre a evolução dos números e a importância da Matemática no nosso cotidiano e fiz um número de dança sobre a homofobia.  Esse projeto é de grande importância porque, além de conscientizar a comunidade escolar para alguns assuntos, outras pessoas podem participar do evento e conhecer um pouco do nosso trabalho através da nossa expressão da arte”, diz.
 
Sua colega Íris de Almeida Silva, 16, 2º ano, também participou da apresentação sobre a Matemática e está feliz com o envolvimento coletivo no projeto. “O evento foi ótimo porque expressamos, através da arte, a nossa indignação com alguns problemas sociais que acontecem como a homofobia, o preconceito e o racismo. É um movimento cultural da nossa escola, rico em informação e participação”, conclui.

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